
Introdução
Isekai é uma palavra japonesa que significa “outro mundo” em tradução livre. O termo nomeia as obras em que um protagonista humano é transportado ou reencarna em um mundo diferente do seu.
Obras que trazem em suas narrativas mundos paralelos sempre estiveram por aí, desde a literatura mais antiga até o cinema. E, de alguns anos para cá, obras desse estilo se popularizaram bastante, e se tornaram praticamente um gênero independente. Por conta desse aumento na popularidade, várias obras atuais vêm tentando replicar a fórmula do sucesso. Entretanto, várias delas falham em criar um espaço e originalidade só seus.
Pensando nesse mar de conteúdo, trouxemos hoje alguns ótimos títulos para que você conheça algumas jóias desse subgênero da fantasia.
No Game No Life

No Game No Life já foi bastante popular e ainda chama a atenção quando falamos de “Isekai”. Para quem está chegando agora no mundo dos “isekais”, a obra é um bom começo.
A história acompanha os irmãos Sora e Shiro que são viciados em jogos de todos os tipos. Os irmãos são considerados gênios no que fazem, mas têm pavor do mundo externo e só conversam entre si.
Certo dia, recebem uma solicitação para jogar xadrez com alguém que não conhecem. Ao vencerem, seu adversário se revela ser o deus de um mundo fantasioso alternativo. Assim, o deus buscando testar suas habilidades e ver se são dignos de desafiá-lo de novo, envia a dupla de irmãos para o seu mundo.
O anime é uma adaptação de uma light novel de mesmo nome, criada e ilustrada pelo meio-brasileiro Yuu Kamiya, contando com uma animação excelente, que permanece consistente do início ao fim. Além disso, vemos também nos momentos de maior ápice, ótimos momentos de “sakuga”.
Além disso, a dupla de diretores Atsuko Ishizuka (diretora de Sora Yori mo Toi Basho) e Shuuhei Yabuta (diretor de Inuyashiki) fazem um trabalho fenomenal em entregar todas as caras e bocas do anime. Vemos isso principalmente nos momentos cômicos que intercalam com os momentos sérios, normalmente nos jogos disputados pelos irmãos.
No Game No Life é uma obra para você que quer um anime muitíssimo divertido mas sem muito pretensão de seriedade, com boa animação e talvez uma ou outra pitada de ecchi para temperar.
Enfim, uma narrativa despretensiosa que, mesmo sendo bem inteligente com seus jogos, não tenta se levar a sério seu “setting”, um mundo de fantasia mais original do que o padrão atual de isekais, e nem nos absurdos dos irmãos, dois gênios que não podem perder.
Hataraku Maou-sama

Uma obra (quase) clássica que marcou muitas pessoas foi Hataraku Maou-sama, um anime de 2013 que permaneceu famoso por vários anos como um grande anime de comédia. Tendo se consolidado bem antes de “isekai” ser estabelecido como subgênero.
A obra é adaptação de uma light novel pelo estúdio White Fox, dirigido por Naoto Hosoda (diretor de Mirai Nikki).
A história criada por Satoshi Wagahara segue um Rei Demônio (Maou) de um mundo de fantasia paralelo ao mundo real. Após alguns eventos inesperados, acaba sendo transportado para o “nosso” mundo, perdendo seus poderes e sendo forçado a arranjar um emprego em um fast food. Assim, é construída uma história hilária que não tem medo de ser uma chacota dos arquétipos de JRPG antigos.
Além disso, o anime é uma excelente adaptação de seu original, mantendo uma ótima consistência, além de arrancar risos com suas piadas que trazem referências a RPGs e outros animes da época.
Assim, se você busca um isekai diferentão e tão engraçado ou mais que KonoSuba, Hataraku Maou-sama é uma ótima pedida.
Drifters

Provavelmente o título mais diferente da lista, Drifters é uma adaptação de um mangá de mesmo nome, escrito pelo mestre das obras mais sanguinolentas Kouta Hirano, mesmo autor de Hellsing.
A história de Drifters é bem similar a de Fate em certo ponto. Figuras históricas que, ao chegarem a beira da morte, são transportadas a um mundo fantasioso por uma entidade desconhecida.
Na história, acompanhamos, inicialmente, o trio: Nobunaga Oda, o quase unificador do Japão; Toyohisa Shimazu, grande samurai da batalha de Kyushu; e, Yoichi Suketaka Nasu, guerreiro narrado em Heike Monogatari. Juntos, travam batalhas contra outras figuras históricas pelo domínio daquele mundo.
Tanto o anime quanto o mangá são bastante divertidos, utilizando muito bem dos elementos que compõem a obra, como por exemplo a violência, para a construção da ambientação. Coisas que Hirano sempre soube fazer.
Além disso, o diretor do anime, Kenichi Suzuki, também diretor de Hataraku Saibou, consegue manter muito bem o teor do anime, sabendo fazer todo o humor pastelão intercalado com as tomadas mais sérias de batalha.
Vemos então que, Drifters é um isekai que foge dos clichês atuais do gênero, contemplando também, figuras históricas conhecidas numa roupagem de Kouta Hirano. Uma obra perfeita para uma diversão rápida e descompromissada.
Isekai Shokudo

Por fim, um título inesperado, mas que eu pelo menos achei uma experiência muito gostosa de se ter, foi o anime Isekai Shokudou, um anime sobre um restaurante para várias criaturas mágicas.
Na história, acompanhamos o “Mestre”, chefe do restaurante Nekoya em Tóquio, um lugar bem famoso pela sua comida. O restaurante funciona durante toda a semana, oferecendo de comidas japonesas a ocidentais. Entretanto, nos sábados, o restaurante possui uma característica especial: suas portas se abrem em outros mundos, recebendo clientes de diferentes raças. Dragões, elfos, anões ou princesas, todos são bem vindos.
Pode parecer estranho, mas Isekai Shokudou é um anime muito gostoso de assistir. Temos todo aquele ritmo de slice of life, as explorações dos mundos de fantasia, além de, claro, todo o fanservice com comida ser maravilhoso. Uma dica, não veja a obra com a barriga vazia.
A direção soube usar da animação que não é tão absurda assim, mesmo o Silver Link sendo um estúdio sempre consistente, nos fazendo entrar de cabeça naquele universo.
Assim como outros dessa lista, se você curte slice of life e comida boa na tela, Isekai Shokudou é um excelente pedido pro seu cardápio do gênero, dando momentos ótimos para que você apenas relaxe e curta os personagens.
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